E então terminou assim.
Você não cuidou de mim e me perdeu.
Espero que me perder não doa em você. Tenho a impressão de que não dói, exceto por alguma coisa localizada nas proximidades do orgulho e do amor próprio.
Coloquemos assim. Que doa o menos possível.
Você refez sua vida, e eu a minha. É sempre isso, não é?
Qual o ponto em fingirmos que é possível ressuscitar um sentimento morto, uma esperança que se perdeu gota a gota no decorrer dos dias em que estivemos juntos?
Amor já não posso dar. Amizade, não quero dar. Uma vez escrevi que é melhor que seja nada, e não pouco, o que anteriormente foi tudo.
E no entanto numa improvável emergência, e só nessa situação, você sabe que farei o possível para ajudar.
Meus planos já estão em outra direção, e os seus imagino também. Minha semente brotará em outro destino, e já não há nada que possamos fazer em relação a isso.
Aprendemos algumas coisas um com o outro.
Fiquemos com isso, que não é pouco.
16/05/2011 às 20:53 |
É bem isso mesmo, quando tudo acaba, você só olha pra trás sentido um grande nada…e de que valhe jurar amizade eterna a quem um dia você jurou amor eterno?…só restam lembranças que você faz questão de esconder tão bem, que um dia nem sequer será capaz de lembrar…como é melhor: o nada!
17/05/2011 às 15:44 |
Minha semente brotará em outro destino… que lindo.
18/05/2011 às 00:49 |
Um dos melhores textos que li até hoje. Sincero. Sem egos. Sem xurumelas. Um texto autêntico que trata o ser de forma realística, sentimental, verdadeira. Amo!
18/05/2011 às 01:45 |
FABIO HERNANDEZ, definitivamente o senhor me emociona!
PERFEITO! LINDO! ARREBATADOR!
19/05/2011 às 10:39 |
Alter ego,
Você continua sempre me surpreendendo…você é puro sentimento enriquecendo meus pensamentos.
Obrigada alter ego querido.
20/05/2011 às 04:17 |
Fazia tempo que não lia um belo texto como este, confesso que fico feliz em vê-lo voltar a escrever narrativas românticas do pós-fim de um romance.
O texto é recheado de vários “dogmas” que li durante anos em seu blog e colunas em revistas, uma delas é “amor quando é verdadeiro, nunca termina bem. Sempre há briga e esse negócio de amizade entre ex-amantes é balela.”
Um belo desabafo que vai inspirar muitos leitores. Demais! Parabéns!
22/05/2011 às 20:11 |
Até parece q vc leu meus pensamentos e os colocou no ‘papel’.
23/05/2011 às 23:39 |
Eu acho que eu já lisso umas vinte vezes hj lol
Estou com aquela sensação q vc dizia uma vez: “como eu queria ter escrito isso” hehe
Lindo, sublime, real, cheio de sentimento, fantástico!
Vc foi além, mto além, e encantou, Mestre.
24/05/2011 às 05:37 |
Pequena Aprendizm vc por aqui!
16/06/2011 às 19:36 |
Always great, man.
23/07/2011 às 20:51 |
perfect!! ducarai esse texto!!!
09/08/2011 às 13:24 |
Quantos anos já vividos, revividos, simplesmente por viver
Quantos erros cometidos tantas vezes, repetidos por nós dois
Quantas lágrimas sentidas e choradas
Quase sempre às escondidas, pra nenhum dos dois saber
Quantas dúvidas deixadas no momento, pra se resolver depois
Quantas vezes nós fingimos alegria, sem o coração sorrir
Quantas noites nós deitamos lado a lado, tão somente pra dormir
Quantas frases foram ditas com palavras
Desgastadas pelo tempo, por não ter o que dizer
Quantas vezes nós dissemos eu te amo,
Pra tentar sobreviver
Aparências, nada mais,
Sustentaram nossas vidas
Que apesar de mal vividas têm ainda
Uma esperança de poder viver
Quem sabe resbuscando essas mentiras
E vendo onde a verdade se escondeu
Se encontre ainda alguma chance de juntar
Você, o amor e eu.
Belchior